![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLyuFfcKzdZWz9P4i_SnBylyX2HkW96vLBa1qPp48t1KBh5PvVebQidY-jqVK1fvcNbIdhlGIfOtkaEZy3O39o4BWSj5YlY7OklZzpFV2VDQGYm9otb_wtezcpv7B5DWaH869_WMMvqfj7/s320/images+%25283%2529.jpg)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
Nenhum comentário:
Postar um comentário